À Feu Doux
Kevin Fowley
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Myriam Gendron está na memoria? Talvez esteja na moda uma reinterpretação de canções tradicionais de outros séculos, talvez seja só coincidência. Agora é a vez de Kevin Fowley, tipo com dupla nacionalidade (irlandês e francês), que no, seu álbum inaugural decidiu atirar-se a canções tradicionais e dar-lhes uns arranjos contemporâneos, com manipulação. O efeito é encantatório, tal como Gendron, há a tentação - conseguida – de encher a imaginação com lentidão. O que não sabemos das canções, é-nos dito pela ternura do encantamento de atmosferas que se constroem lentas e eficazmente e trasvazam a sua ordenação territorial. Tudo é uma belíssima máscara nos arranjos de Kevin Fowley, os quatro temas marcham num ritmo lento, como fumo, e parecem alucinações da vida nocturna das canções de embalar. Mágico e terno, estreia brilhante. Da mesma editora que nos trouxe Julie Byrne, Jim Ghedi e Aoife Nessa Frances.