Ocean Of Sound
David Toop
Essencial partir para a leitura do livro com uma noção clara: não se trata de um livro sobre música ambiental, pelo menos não no sentido habitual de música paisagística, calma, flutuante. pode também sê-lo, mas o que David Toop propõe neste livro de 1995 é um exercício de escuta global e aberto. Da Amazónia a Chicago, Japão, África, Kraftwerk, Sun Ra, Debussy e várias outras geografias e nomes, contactamos com uma visão pessoal, generosa e entusiasmada sobre o acto de escuta e as transformações que opera. Publicado originalmente numa época em que a cultura rave trazia para a frente (ou antes, para trás, nas salas de chill out) música de outras latitudes e uma disponibilidade para incorporar outras culturas e modos de estar, "Ocean Of Sound" atravessa épocas e oceanos para mostrar como o tribalismo fiel a um género ou corrente não faz sentido. Som em vez de música.