Basta Now: women, trans & non-binary in experimental music
Fanny Chiarello
soft cover, 394 pp, 15,2 x 21,3 cm.
Através da sua editora Permanent Draft, Valentina Magaletti tem entregue não apenas música que compõe o seu universo pessoal mas que também assume um alcance de divulgação e activismo criativo em torno de temas (ainda) a precisar de atenção e esclarecimento. Um desses temas, em que se nota progressão mas ainda não suficiente, é com certeza o papel, relevância e destaque, na música, de artistas trans, não-binários/as e mulheres. A autora Fanny Chiarello desde logo afirma não querer "atacar" os homens, o livro simplesmente não é sobre eles. Ao incluir um inventário por ordem alfabética com mais de 2 mil nomes, o livro deixa no ar a ambiguidade dos números. São muitos ou poucos, à escala global, tendo em conta que o foco é música experimental, tendencialmente de nicho? Em sete capítulos dividem-se temas (geologia, utilização da boca, etc.), encaixam-se artistas em certas dessas categorias genéricas, escreve-se de acordo com uma abordagem intuitiva, apaixonada, não académica (a própria autora assim reclama este trabalho). Narrativa orgânica, pessoal, mas com propósito de alcançar o mundo.
"Basta Now. Women, Trans & Non-binary in Experimental Music is a non-academic essay by French poet, novelist and music enthusiast Fanny Chiarello. It’s also the first book to be published by Permanent Draft, an all-female record label and micro-press founded by Chiarello & musician Valentina Magaletti, dedicated to promoting contemporary female, non-binary and transgender artists. Basta Now is essentially a huge (yet admittedly not definitive) overview of 2,371 womxn in the global experimental sound & music scene. It’s been written in playful and compelling prose and stylishly presented with photos, illustrations, and discographies. “This book has nothing against men, it’s just not about them” (Fanny Chiarello)"
Através da sua editora Permanent Draft, Valentina Magaletti tem entregue não apenas música que compõe o seu universo pessoal mas que também assume um alcance de divulgação e activismo criativo em torno de temas (ainda) a precisar de atenção e esclarecimento. Um desses temas, em que se nota progressão mas ainda não suficiente, é com certeza o papel, relevância e destaque, na música, de artistas trans, não-binários/as e mulheres. A autora Fanny Chiarello desde logo afirma não querer "atacar" os homens, o livro simplesmente não é sobre eles. Ao incluir um inventário por ordem alfabética com mais de 2 mil nomes, o livro deixa no ar a ambiguidade dos números. São muitos ou poucos, à escala global, tendo em conta que o foco é música experimental, tendencialmente de nicho? Em sete capítulos dividem-se temas (geologia, utilização da boca, etc.), encaixam-se artistas em certas dessas categorias genéricas, escreve-se de acordo com uma abordagem intuitiva, apaixonada, não académica (a própria autora assim reclama este trabalho). Narrativa orgânica, pessoal, mas com propósito de alcançar o mundo.