FLUR 2001 > 2024



Ar De Rock

Ricardo Andrade

Imprensa de História Contemporânea

Regular price €17,50

Tax included.
soft cover, 502 pp, 15,1 x 23,1 cm.

Enquanto fenómeno, o chamado Boom do Rock português gerou um mercado sem precedentes e uma atenção generalizada em relação a nomes emergentes. Gerou também um certo debate sobre a real existência de um "rock português" e anticorpos em relação ao exagero mediático que se verificou então. Em perto de 500 páginas, Ricardo Andrade fundamenta com documentos e entrevistas nos cantos mais recônditos do fenómeno, mapeando uma realidade irrepetível e marcante para mais do que uma geração. Lemos não apenas sobre a música e os seus actores directos (músicos, bandas) mas sobre as estruturas em torno e como funcionava o ecossistema já tão alterado e incrementado desde a ocorrência do 25 de Abril de 1974, cujas brechas na sociedade ainda estavam bem presentes quando a década de 1980 se inaugurava. Exercício importante de memória e documentação.

"Canções como Chico Fininho, de Rui Veloso e a Banda Sonora, e Cavalos de Corrida, do grupo UHF, constituíram os primeiros êxitos do «boom do rock português», expressão referente ao primeiro momento de grande sucesso comercial de repertório rock gravado e publicado em Portugal. No início da década de 1980, o «rock português» foi fulcral na consolidação de uma identidade juvenil «moderna» e cosmopolita crescentemente identificada com hábitos e estilos de vida provindos do universo cultural anglo-americano. A intensificação da aposta editorial neste repertório motivou o aparecimento de novos grupos, produtores fonográficos, empresas de som e de agenciamento de artistas, assim como a reconfiguração das características de várias bandas que procuraram alinhar-se com o fenómeno, inclusive no crescente recurso à língua portuguesa, aspecto até então frequentemente desprezado no âmbito do rock. Neste livro, são analisadas as principais transformações ocorridas nas práticas do rock em Portugal durante a segunda metade da década de 1970 e inícios da década de 1980, contemplando a articulação entre as várias indústrias ligadas à música e o papel dos seus agentes enquanto participantes activos na configuração da actividade dos grupos e dos seus respectivos repertórios." (PR da editora)