Land of No Junction
Aoife Nessa Frances
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A desorientação causada por um álbum que fica misterioso a cada audição poderia ser razão para se desconfiar de Aoife Nessa Frances. Contudo, o passado ou experiência, dizem coisas opostas. Antes de se revelar como uma voz única, capaz de criar universos que ficam no íntimo e na miragem das forças, a irlandesa Aoife Nessa Frances soava – com uma saudável distância – a uma mistura de Brigid Mae Power e Julie Byrne. Quando se navega diversas horas – neste momento já são horas – por este álbum de estreia, paira o sentimento de perda, uma ruptura pela nostalgia e a sensação de que a história está sempre a ser reescrita. A voz pratica com os instrumentos (cordas, bateria, guitarra, teclas) uma sensação de que se pode voltar a lugares onde se foi feliz com algo novo. E, tal como “Land Of No Junction” é o começo de algo, as práticas de amor, perda, descoberta, sonho e acordar vivem-se com a frescura de uns olhos que não se conhecem. Aoife Nessa Frances convence que é o começo de tudo. Mais uma vez. E outra vez. Conforme essas vezes acontecem, a pretensa fragilidade transforma-se em mistério e “Land Of No Junction” revela-se um álbum oculto. Por descobrir. A magia de uma viagem sem fim.