The Gurner
Baüzer Vep
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Proposta bizarra, a espaços lúdica e séria, um disco com pouca visibilidade e que fomos buscar directamente à fonte. Imerso num caudal de música de dança variado e bastante clássico, o disco percorre com autoridade vários pontos estéticos próximos de um som "anos 80" sem que deixe a sensação de retromania, apenas de consistência na crença de que há um património sónico que, de facto, soava bem, era desafiante, estranho (oiça-se "Warm Broth", por exemplo). Trata-se de um disco sem amarras mas com um sentido estético muito próprio que remete para a liberdade rítmica dos anos pós-punk. Desde Asmus Tietchens ao New Beat belga, ácido, baixo compassado, drama, zero cultura de felicidade (rejeitando a ideia automática de que a música de dança só serve para nos fazer sentir bem), antes a cultivar energia e dinâmica. Sem território preciso mas muito bem dirigido. Primeira marca da editora Assemblies of God.