Zero Gravity
Nik Pascal
LISTEN:
CLIP1 - CLIP2 - CLIP3 - CLIP4 - CLIP5
O último disco de Nik Pascal antes de ter vendido a sua colecção de sintetizadores a Steve Roach - qual herança lendária. Um drone intimidante, ruidoso, arranca o disco, contrastando com os efeitos cristalinos, curtos, espécies de estrelas cadentes que nos passam pela frente durante o negrume avassalador e maquinal que se ouve a rugir nervosamente. Circulação de sons constante onde não há propriamente um botão de pausa na música: as notas que saem das máquinas sofrem mutações incessantes, aproximando-se a organismos vivos e apresentando-se de forma a que nós, os ouvintes, as apreendamos como se fossem material de estudo, qual fenómeno raro. Electrónica cirúrgica, científica, sobretudo psicadélica que comunica connosco de uma forma honestamente diferente, mais directa e provocatória: a própria capa do disco parece piscar o olho à bicicleta de Hofmann. Música extraída de um outro planeta numa outra galáxia, uma sombra da alucinação sonora que se ergue ao entrarmos num wormhole - "Zero Gravity" revela-se ao abrir uma fissura no contínuo espaço-tempo.