Burial
Burial
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Por muito que pareça incrível, dubstep é realmente uma cena de clube nova. Ao ouvir Skream, Elemental ou Burial, por exemplo, tenta-se com força imaginar como é possível sustentar um clube para dançar com música assim. Dancehall, Photek vintage, John Carpenter, Boards Of Canada, Linton Kwesi Johnson, Oriente, restos de Grime, tudo partículas a partir das quais se forma um som denso e escuro, LENTO, no caso de Burial profunamente melancólico também. Especula-se que Burial seja Kode9, o dono da Hyperdub, o que é irrelevante quando se ouve música que quase não pertence a ninguém, etérea e suspensa como indicado pela fotografia nocturna, na capa, tirada à noite (ou em negativo) e parecendo retratar uma ameaça que paira sobre a cidade fotografada enquanto todos dormem. Burial, no entanto, não ameaça com a música mas sim com a sugestão de ameaça que pode não ser de todo exterior. Baixo pulsante, profundo como profundo deve ser e uma nova cultura musical no underground desde o alvor do séc XXI. As manifestações mais genuínas raramente chegam à superfície, e então é preciso captá-las enquanto duram.