Kelly Lee Owens
Kelly Lee Owens
LISTEN:
CLIP1 - CLIP2 - CLIP3 - CLIP4 - CLIP5
Há uma pulsação constante durante a audição do disco de Kelly Lee Owens. Desde os seus primeiros momentos que há um groove terno, quente, que acomoda uma voz que transporta para os lugares mais oníricos da pop dos últimos quarenta anos. A voz de Kelly Lee Owens podia estar na 4AD da década de 1980, poderia ocupar um ?Loveless? na década seguinte ou replicar qualquer coisa dessas duas décadas na primeira década do século XX. Contudo, está aqui e agora, podem-se ? e devem-se ? fazer comparações, mas o seu primeiro álbum é suficientemente forte para conquistar o seu lugar. O mundo é um bocadinho de Kelly Lee Owens agora. É raro música electrónica sentir-se como contemporânea, pop e abraçar harmonias clássicas com tamanha sobriedade. E fluir de um canto para outro canto sempre levando ao peito uma vontade de intemporalidade. Tanto faz música de ir às lágrimas, como pop exuberante, como batidas que enchem uma pista de dança. Na maior parte das vezes faz tudo ao mesmo tempo, até quando entra na auto-estrada dos Kraftwerk em ?8?. Tudo no seu álbum homónimo chama a atenção, todos os segundos batem como qualquer coisa que vai ficar. Está sempre a chamar a atenção sem fazer por isso. É subtil, delicado, quente e uma caixa de surpresas em cada audição. Tem sangue de clássico.