Quaternity
Brace
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Ollie Moore (saxofone/teclas) e Aidan Searle (percussão) estão ligados a diversas cenas musicais de Bristol desde finais dos 1970s. Moore foi fundador dos Pigbag e colaborou em álbuns de Au Pairs, Red Snapper, Head e Craig Davies. Searle assumiu um papel mais activo só na década passada, enquanto baterista nos projectos Hi Fiction Science e The Dead Astronaut. Juntos fundaram Brace, duo de free jazz que se tem integrado na cena de jazz de Londres/Bristol nos últimos anos, com actuações no Sounds On The Corner, Domestic Sound, Cupboard, Skonk e Flim Flam. A estreia dá-se com “Quaternity”, composto por quatro peças de improvisação com uma carismática fluência. A linguagem dos Brace existe em continuidade, num diálogo democrático em que o comando vai mudando de mãos de forma simbiótica. Persiste a ideia de música aberta, enquanto entidade livre, viva e que se permite respirar. Tanto acontece nos ritmos arejados de Searle ou pelos laivos de contenção de Moore. O som dos Brace cresce em movimentos racionais e naturais que se desenvolvem em simultâneo e com um groove particular. Mesmo quando parecem procurar a explosão – “Serene Intent” -, o duo reage para a evitar e voltar a um lugar bem arejado, redobrando esforços sempre que o processo se repete. Ao fazê-lo, o jazz de “Quaternity” experiencia-se como algo instantâneo, fresco e multidimensional. À procura da frescura com rebeldia, próprio de quem cresceu a baralhar as ideias do punk e do jazz no rock e na electrónica das últimas quatro décadas.
