Drawing Circles
Chão Maior
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Abre com um clima arejado. As primeiras notas do álbum de estreia de Chão Maior recitam uma harmonia que se irá sentir ao longo dos seis temas. Instrumentos e voz aproximam tudo de uma calma que se mistura com paz. Projecto desenvolvido por Yaw Tembe com Norberto Lobo, Ricardo Martins, Leonor Arnaut, João Almeida e Yuri Antunes, os Chão Maior criaram som para levitar. Música sem horizonte à vista, apetece chamar jazz, mas não é jazz. Há um domínio único neste som, sem presunção ou intenção de ser “música inclassificável”, apenas não ostenta um género, porque navega, aliás, circula entre eles. A delicadeza disto tudo convence, atordoa com a sua suavidade e ausência de segundas intenções. A frontalidade de “Drawing Circles” é um descanso numa altura em que muita música entra na nossa consciência por contexto e não por som.
