Mergulho
Filho Da Mãe
Depois de “Palácio” (2011) e “Cabeça” (2013), Filho da Mãe (Rui Carvalho) refugiou-se no Mosteiro de Rendufe, em Amares, para gravar o seu terceiro álbum, este “Mergulho”, fruto de uma residência artística proporcionada pela associação Encontrarte-Amares. Contudo, não é um disco de refúgio ou de cabeça enfiada no ar, é um de interacções com o espaço, expansivo, permeável, aberto e receptivo a divagações, ainda que curtas. As frases de Rui Carvalho soam mais curtas, concisas e directas. Apesar disso, estão sujeitas a uma maior liberdade de sentimentos e sensações, há menos tempestade e maior propensão a um desejo de deixar o ouvinte folhear, ler e ouvir as canções como quer. Há espaço para respirar, é algo que se sente como mais maduro.