Hotel Nota
Romeo Poirier
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A capa de “Hotel Nota” induz a um momento imaginado, de um corpo deitado nas rochas mas que parece em suspensão, numa praia. Ideia de calma, paz e paraíso. Local sem tormenta, contemplativo. Porta de entrada para um álbum de muitos imaginários, mundos, Roméo Poirier contempla as aspirações da electrónica a ser jazz – e vice-versa – através da simulação. Em jeito de som de quarto mundo, cabem selvas aquáticas, viagens microscópicas e prazeres desconhecidos em “Hotel Nota”. A paciência e leveza da execução, enquadra a música numa espécie de balearico de ficção científico, para uma praia do futuro. Irreal, ainda por existir. Ouve-se o que ainda há por sentir, nestes sons que querem ser tocados. Em verão de Jon Hassell, “Hotel Nota” é um excelente apontamento da infinitude do seu quarto mundo. De sol e cocktail quarto mundista na mão.