Blog — Drag City
2020 #24 - "Rock Sutra"
Publicado por Flur Discos em
O Sun Araw de "Heavy Deeds", "Beach Head" e "On Patrol" criou um som forte que ligava rock psicadélico com dub. O novo aí não era importante, o que contava era lo-fi, nada prepotente, com que dava elasticidade ao seu som. Mais de uma década, e após n experiências e colaborações que refinaram o seu gosto e modos de criar, entrega "Rock Sutra". Lançado para um mundo fechado - 3 de abril - e com uma sonoridade elíptica que distorce qualquer noção de tempo. "Rock Sutra" tem de tocar horas a fio para o tempo deixar de ser real. É um regresso ao passado, às ideias originais, depois de ter feito o percurso todo. Por vezes é preciso voltar à base. Sabe bem.
2020 #20 - "Plux Quba"
Publicado por Flur Discos em
Será o visual infantil da capa? Uma imagem que nos convida para a descoberta e essa corresponde à inocência sugerida pela capa. A inocência, contudo, fica-se por aí, na imagem e som, o que se descobre ao ouvir a música de Nuno Canavarro supera o fascínio da eterna descoberta. Porque voltamos a ele em 2020? Porque a Drag City fez uma nova prensagem de “Plux Quba”, um álbum que já não tem de ser um oásis na música electrónica portuguesa – só porque os “outros” reparam nele -, mas que é algo quintessencial da história da música electrónica dos 1980s.
2020 #12 - "Jacqueline"
Publicado por Flur Discos em
O esforço é visível logo no segundo tema, “Shugar Water” soa a “Goodbye Horses”, e assim situa o clima permanente de ficção, fumo e mistério. Entre essa existência luxuosa-decadente, Haley aspira a canções, expiando o seu anterior álbum enquanto Circuit Des Yeux. Uma viagem pela Americana em ambiente disco, disco queen do deserto. Uma viagem, porque Jackie Lynn é uma artista na estrada, que processa essas viagens, em histórias e memórias aprovadas pelo tempo. E “Jacqueline” é um disco de estrada que ficou sem estrada em 2020, uma álbum de outro tempo, outro lugar, que só faz sentido em 2020. Uma viagem para recordar.
2020 #6 - "Gold Record"
Publicado por Flur Discos em
Gostamos de pensar que não estava planeado. A sério. E que ali em Março ou Abril, Bill Callahan pensou que devia vir em nossa salvação. Que a melhor forma de nos surpreender a todos, fãs e não fãs, era aparecer com um álbum surpresa e não nos deixar à espera mais seis anos, como aconteceu para “Shepherd In A Sheepskin Vest”. Pode parecer coisa de menor, coisa sem interesse, mas este “Gold Record” fez-nos lembrar o Bill Callahan de Smog por vários motivos, mas também foi claro na mensagem de que o melhor ainda está para vir: se ao fim de tantos álbuns, tantas canções, Bill Callahan ainda consegue fazer um “Gold Record”, isso só pode coisa boa.