FLUR 2001 > 2024



Biostar

Tracey

Dial

Preço normal €12,50

Taxas incluídas.

LISTEN:
CLIP1 - CLIP2 - CLIP3 - CLIP4 - CLIP5


Dial é a editora de Carsten Jost, que lado a lado com a Kompakt nos tem trazido uma outra frescura a registos electrónicos de dança e também de música ambiental, contemplativa. Este "Biostar", de Tracy, é um exemplo bastante descritivo do catálogo destas editoras. O disco abre com "THRRVL", onde os pads oníricos vão acompanhando a motorização dos ritmos, que empurram a escuta sempre para diante, trilhando estradas e paisagens sintetizadas e perfeitamente esculpidas - há muito espaço livre dentro dos temas, dando a impressão que não há elementos a sobrecarregarem estas esculturas sonoras. "TRR" faz soar uma linha de baixo gorda com sequências excêntricas em sintetizador, do robusto para o cristalino e vice-versa, tal como a "DRMRBT", que ainda conta com uma sequência ácida nas frequências mais graves e a funkiness das caixas de ritmos que vão trocando os timbres dos pratos como se baralhassem cartas - qual dealer de poker, há aqui todos os trunfos. Registos ambientais em "CLSTLBNG" (a última faixa do disco) e "SLPNGVLCN", mais metalizado, cru, com desenhos de som inventivos. No disco, há também uma grande variedade em tempos, com faixas mais lentas e dubby que apelam à liquidificação dos ritmos ("WBTDNBD" é dub-acid, a 303 canta por cima da lentidão confortável da sua cadência) e "SBTRPCS" tem uma linha de baixo que casa com o ritmo, uma laser-gun desenhada por um sintetizador monofónico, um rimshot preciso que se liquefaz em eco, as pegadas suaves de um outro sintetizador que se vão introduzindo misteriosamente. O ritmo é confortável, convidativo às câmaras claras e escuras que se encontram dentro e fora do universo do disco - temos tanto do prazer na pista de dança como do conforto da nossa sala de estar. É um disco para o Verão e o Inverno, para a lentidão dos dias moles como para a convulsão dos dias complicados.