Goldmine (Dubbed Out by Prince Jazzbo)
Mad Cobra & Prince Jazzbo
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Para além da Trojan, Channel One, Black Ark entre muitas outras, a Ujama, de Prince Jazzbo, também contribuiu com a sua quota-parte no legado do dub e do dancehall jamaicanos. Experiência em estúdio pelo trabalho com Bunny Lee e colaborações com Lee “Scratch” Perry (há toasting de Jazzbo no clássico “Super Ape”). Em 1993, já depois do advento do digi-dub e no âmago do fenómeno do dancehall, Jazzbo revela em “Goldmine” os seus engenhos de produção, pelos dubs outs da música de Mad Cobra, através de caixas de ritmos, samplers e sintetizadores, ferramentas pivotais na formação dos grooves, aliados à voz certeira e militante de Mad Cobra no toasting. Temos direito a uma versão de uma música de Barbara Streisand em “Woman Love Dub”, mas passando a homenagem à pop, “A Vexful Dub” é uma masterclass do potencial minimalista de sequências semelhantes entre baixo e caixa de ritmos, com Mad Cobra samplado a dizer “fresh” a cada série de x compassos, evitando que a frescura do tema passe despercebida a qualquer ouvinte. “Acid Dub”, pela maneira como repete o sample que vocifera “acid”, parece de inspiração americana, particularmente de Chicago - a percussão deste tema, em particular a tarola, também parece rebentar compasso sim, compasso não, como se de uma bolha se tratasse. Capítulo obrigatório na revisitação da história do dancehall/digi-dub, as produções de Prince Jazzbo - com as ajudas dos engenheiros de estúdio Delroy Thompson (Spiderman) e Albert Thompson (Junior Chemist) - continuam a surpreender pela eficácia dos grooves e pela pureza dos sons. peça fundamental no entendimento do milagre musical que é a ilha da Jamaica.