![I Thought I Was Over That Rare, Remixed And B-Sides [2CD]](http://www.flur.pt/cdn/shop/files/lali_20puna_20i_20thought_62642855-1fcf-43f4-95c1-e721541409de_{width}x.jpg?v=1738609750)
I Thought I Was Over That Rare, Remixed And B-Sides [2CD]
Lali Puna
Insignificant handling signs. 2005 album.
Os Lali Puna evitaram os tiques demasiado temporais da vaga analógica dos noventa criando um formato pop sem truques ou grandes ambições. Nasceram com as lições dos exemplos instrumentais perfeitamente assimilados, sentido que era na canção que melhor poderiam escorrer o seu sentido lírico, quase melancólico-robotizado. A voz monocórdica de Valerie Trebeljahr provocava exactamente esse sentimento maquinal e pouco humanizante, muito a propósito da pop germânica de então – o sentimento e a imagem «Metropolis» continuam a parametrizar todos os conceitos de futuro alemão. Para Portugal o namoro foi imediato: Valerie cantava em português frases dadaístas de um modo infantil – talvez porque o português apenas tenha sido útil durante a sua infância e adolescência. Estavamos em 1999, Markus Acher vinha dos The Notwist na tentativa de explorar um lado mais sintético que o seu grupo principal, e «Tridecoder» foi uma bem sucedida estreia. «Scary World Theory» anunciava dois anos depois que a fórmula Lali Puna estava em expansão e solidificação, e o ano passado «Faking The Books» marca a maturidade do grupo com um perfeito exemplo de pop moderna, doseando na perfeição as vocalizações cada vez mais sussurrantes e eficazes de Valerie e a instrumentação acústica e electrónica. Raramente a pop fabricou tão exemplar produto na Alemanha (Mouse On Mars poderiam ser a opção electrónica mais válida), e teríamos que recrutar noutro país os Laika, Stereolab , Broadcast ou Add N To (X) para podermos ter um duelo entusiasmante. e a pop electrónica germânica nasce naturalmente da união de inúmeros géneros, tendências e conceitos, então será normal esperar que os Lali Puna espraiem os seus gostos e influências por diversos territórios. Esta compilação demonstra que a importância dos Lali Puna no cenário musical actual é bem mais interessante que o conjunto dos seus três discos fazem parecer: como remisturadores imiscuíram-se na vida do rock dos Slowdive, na electrónica dos Two Lone Swordsmen ou nos anos 80 de Giorgio Moroder e Phil Oakey (disco número 1); como imiscuídos foram alvo da cobiça dos beats de Boom Bip, do metrónomo dos To Rococo Rot ou da pop indietronic perfeita dos Dntel (disco número 2). Depois há mais uns extras, provenientes de lados B. Poderia ser este o melhor disco de Lali Puna, mas as regras não o permitem. Nota máxima para as remisturas para Boom Bip e Dntel, e para as remisturas de To Rococo Rot , Alias e Two Lone Swordsmen.
Os Lali Puna evitaram os tiques demasiado temporais da vaga analógica dos noventa criando um formato pop sem truques ou grandes ambições. Nasceram com as lições dos exemplos instrumentais perfeitamente assimilados, sentido que era na canção que melhor poderiam escorrer o seu sentido lírico, quase melancólico-robotizado. A voz monocórdica de Valerie Trebeljahr provocava exactamente esse sentimento maquinal e pouco humanizante, muito a propósito da pop germânica de então – o sentimento e a imagem «Metropolis» continuam a parametrizar todos os conceitos de futuro alemão. Para Portugal o namoro foi imediato: Valerie cantava em português frases dadaístas de um modo infantil – talvez porque o português apenas tenha sido útil durante a sua infância e adolescência. Estavamos em 1999, Markus Acher vinha dos The Notwist na tentativa de explorar um lado mais sintético que o seu grupo principal, e «Tridecoder» foi uma bem sucedida estreia. «Scary World Theory» anunciava dois anos depois que a fórmula Lali Puna estava em expansão e solidificação, e o ano passado «Faking The Books» marca a maturidade do grupo com um perfeito exemplo de pop moderna, doseando na perfeição as vocalizações cada vez mais sussurrantes e eficazes de Valerie e a instrumentação acústica e electrónica. Raramente a pop fabricou tão exemplar produto na Alemanha (Mouse On Mars poderiam ser a opção electrónica mais válida), e teríamos que recrutar noutro país os Laika, Stereolab , Broadcast ou Add N To (X) para podermos ter um duelo entusiasmante. e a pop electrónica germânica nasce naturalmente da união de inúmeros géneros, tendências e conceitos, então será normal esperar que os Lali Puna espraiem os seus gostos e influências por diversos territórios. Esta compilação demonstra que a importância dos Lali Puna no cenário musical actual é bem mais interessante que o conjunto dos seus três discos fazem parecer: como remisturadores imiscuíram-se na vida do rock dos Slowdive, na electrónica dos Two Lone Swordsmen ou nos anos 80 de Giorgio Moroder e Phil Oakey (disco número 1); como imiscuídos foram alvo da cobiça dos beats de Boom Bip, do metrónomo dos To Rococo Rot ou da pop indietronic perfeita dos Dntel (disco número 2). Depois há mais uns extras, provenientes de lados B. Poderia ser este o melhor disco de Lali Puna, mas as regras não o permitem. Nota máxima para as remisturas para Boom Bip e Dntel, e para as remisturas de To Rococo Rot , Alias e Two Lone Swordsmen.
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