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Cadernos de Divulgação 1.0

Cadernos de Divulgação

Marte Instantânea

Preço normal €15,00

Taxas incluídas.
soft cover, 100 pp, A5.

Contar a História é contar uma história. A subjectividade vira percurso inevitável mas neste caso manda a experiência: a vivida, a colectada, acumulada, e a que existe na memória do indivíduo. E a memória quer-se em constante transformação: o que é hoje não o será amanhã. A lógica obriga a constatar o óbvio, o que acontece nestes "Cadernos de Divulgação" é exclusivo de uma experiência de um período que muitos partilhámos mas que existe na memória individual de cada. E aqui a exclusividade é de José António Moura que, através das memórias pessoais, dos recortes que ficaram, da memorabilia pessoal – e não só – que foi ficando guardada e seleccionada entre trocas de vida e de casa e que em cada um desses momentos ganharam um outro sentido e que são reflectidas no texto que elaborou para este primeiro “Cadernos de Divulgação” que, sendo uma ideia que parte dele, começa obrigatoriamente por ele e a partir daí seguirá noutra direcção, sempre com o princípio da divulgação: como se fazia, porque se fazia, como chegava e porque a fazemos agora. Como? Arquivos. Arquivos físicos que, apesar de não terem opção de “search” facilitada, criam e preservam memória de modo mais inequívoco e permanente. E a sua fisicalidade – recortes, imagens, tracklists de mixtapes, fotografias – permitem hoje reforçar, destruir, reconstituir, formatar, reafirmar ideias/memórias. Uma ideia emancipada de guardar o passado para o futuro.



"Aqui se inaugura uma série sem a outra fronteira ainda definida. Conhecer processos de divulgação de música através de arquivos de gente que o faz (ou fez) com suficiente dedicação e atenção às margens. Os "Cadernos de Divulgação" não terão regularidade assente e pretendem, como ideia de arranque, documentar actividades e artefactos resultantes da vontade em divulgar música num país largamente periférico em relação às principais e mais excitantes movimentações do mercado e da imprensa. Por onde se começava? Como se fazia? Com que se fazia? E o que se fazia? Publicação impressa em risografia no estúdio DESISTO, formato A5, escala de cinza, papel de textura rude, lombada segura."