Tudo é no Guetto
Deejay Veiga
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Chega no pedaço e destrói, à sua maneira. "X de Destrói" até é das malhas mais dente cerrado que Veiga apresenta no disco. Atmosfera de incerteza, breaks incisivos, ritmo contra ritmo, uma farpa no clube. Mas depois entende-se que Deejay Veiga não está a tentar puxar para baixo, apesar de ser legítimo fazê-lo nos dias que correm, nem que seja por uma questão de catarse. "Tudo é no Guetto" traz até clima de festa, são seis faixas produzidas para baile, sendo a que dá título ao disco uma afirmação importante sobre o guetto como local onde se nasce, vive, cresce e respira. O deejay transmite a ideia (e é ele que o faz, não somos nós a interpretar) de que apesar da má fama, dos problemas reais ou inventados a partir de fora, das condições precárias de habitação e outros factores atribuídos a "bairros sociais", não deixa de ser o local onde fez a sua vida e foi feliz. Tudo se faz no guetto. Chill é no guetto. Esta canção, com vozes emprestadas dos Twinni (crew de animação de que Veiga em tempos fez parte), eleva o espírito para aquele sync raro entre corpo e mente na pista. Chama-se House, ou Batida, chama-se só música de dança, porque não corresponde ao Afrohouse que mete dinheiro nos clubes nem ao Kuduro de que rezam as lendas. Eficaz e contagiante, cheio de energias limpas e espaço para abrir os braços, é um disco de celebração, sim.