24/7
Gusgus
Os islandeses GusGus são uma instituição pop dos anos 90 e conseguiram isso praticamente com um álbum apenas e já no final da década: “Polydistortion” em 1997. Curiosamente, outro marco pop da época (embora menos óbvio) foi Jimi Tenor, cujo “Take Me Baby” tem uma versão em “24/7?. O colectivo artístico que era GusGus em 97 foi sendo reduzido para uma unidade produtora de música, mantendo sempre a ligação ao circuito de música de dança. Em 2009 sai este seu sexto álbum na editora que melhor congrega techno e pop, a Kompakt, provavelmente em missão para editar várias bandas que admirava nos 80s e 90s: Orb, Pet Shop Boys, GusGus, até ao momento. A sensação genérica ao ouvir o disco é semelhante ao que poderiam fazer os Underworld com as mesma referências, ou seja, “24/7? está distante de “Polydistortion” e tem uma característica – diríamos – progressiva que aproxima o disco de uma aura clássica Underworld (conseguimos também imaginar Karl Hyde a cantar “Thin Ice”). Veiran fala no sistema analógico modular Doepfer A-100 como um dos pilares na produção do álbum e em como completou recentemente a sua colecção Doepfer. Não tanto um regresso, mas uma nova mudança de direcção.