The Glass Frog
Greg Foat
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Greg Foat não pára de surpreender. Não só em número, como em qualidade, são muitas as edições e colaborações na discografia do inglês. “The Glass Frog” junta músicos de sessão (contamos 9 músicos diferentes, entre eles os já habituais Ayo Salawu e Art Themen) sob a direcção de Foat e as suas teclas que, como sempre, conferem o carácter mais espacial ou sideral aos discos. Música indiscutivelmente relaxante, mas a última faixa “O Sacrum Convivium!” revela-se como uma espécie de lamento fúnebre ou, talvez, uma representação da melancolia que surge ao percebermos que estamos a chegar ao fim da viagem. Disco atmosférico, bonito, suave, óptimo para dias lânguidos e passados na horizontal. Música gentil para dias gentis. Gravado em dois dias? Parece mentira, dada a fluidez e a sensação espacial apurada. Entre as notas que vão ficando suspensas no ar, reverberadas até ao infinito, encontramo-nos com elas também a levitar. Uma prova de que o jazz britânico não só está vivo, como encontrou uma renovada energia, qual lufada de ar fresco num tempo onde a música se revela, por vezes, muito estagnada.