Futuromania: Electronic Dreams, Desiring Machines & Tomorrow´s Music Today
Simon Reynolds
Simon Reynolds tem sido uma voz crítica, segura, de algumas tendências verificadas na evolução da música popular, enquanto simultaneamente documenta expressões que crescem o suficiente para ser cultura. "Futuromania" aparece formalmente em oposição ao seu outro livro "Retromania", no qual analisava a propensão para o regurgitar de manifestações culturais passadas, a glorificação do passado enquanto standard no qual as pessoas se fixam e do qual desejam mais (do mesmo), as tournées de artistas dedicadas a tocar "álbuns clássicos" na íntegra, etc. O livro reúne numa só narrativa vários ensaios escritos por Reynolds já bem dentro deste século. Abordagens a música que sugere Futuro, mais ou menos deliberadamante. De Giorgio Moroder / Donna Summer ao domínio do Auto-tune na pop novo-milenar, no percurso entram também Boards Of Canada, Burial, Ryuichi Sakamoto, Jlin, Daft Punk e aquele tão acertado conceito a que o autor chamou Conceptronica, uma espécie de carimbo agregador (tão positivo quanto irónico) de música electrónica com pretensões a Alta Arte. São comentados Gabber, Dubstep, Grime, Dub e Reggae, Footwork, Industrial, Acid House, Maximal e outros géneros e correntes que marcaram, exprimiram ou tornaram-se mesmo na ideia de Futuro. Mais do que analisar o livro, interessa lê-lo.
"Simon Reynolds's first book in eight years is a celebration of music that feels like a taste of tomorrow. Sounds that prefigure pop music's future - the vanguard genres and heroic innovators whose discoveries eventually get accepted by the wider mass audience. But it's also about the way music can stir anticipation for a thrillingly transformed world just around the corner: a future that might be utopian or dystopian, but at least will be radically changed and exhilaratingly other. Starting with an extraordinary chapter on Giorgio Moroder and Donna Summer, taking in illuminating profiles of Ryuichi Sakamoto, Boards of Canada, Burial, and Daft Punk, and arguing for Auto-Tune as the defining sound of 21st century pop, Futuromania shapes over two-dozen essays and interviews into a chronological narrative of machine-music from the 1970s to now. Reynolds explores the interface between pop music and science fiction's utopian dreams and nightmare visions, always emphasising the quirky human individuals abusing the technology as much as the era-defining advances in electronic hardware and digital software. A tapestry of the scenes and subcultures that have proliferated in that febrile, sexy and contested space where man meets machine, Futuromania is an enthused listening guide that will propel readers towards adventures in sound. There is a lifetime of electronic listening here."