Akoko Ajeji
Chris Korda
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Obra-prima de house abstracta entregue por Chris Korda, que em 1993 chamava "Save The Planet, Kill Yourself" a um dos seus primeiros discos. O último álbum apareceu na Gigolo em 2003 e, de novo, o título parece saltar vários anos para o futuro: "Man Of The Future" tem outra ressonância nos nossos dias, se pensarmos em Chris Korda como artista transgénero. Palavras sobretudo em Yoruba e Esperanto identificam as faixas em "Akoko Ajeji", que explora a noção de não-linearidade rítmica e uma paleta de sons inteiramente deslocada no tempo, fixa numa era digital ainda ingénua (algo que Stefan Goldmann explorou, de outra forma, no álbum "Industry"). Entre jack de Chicago e incontáveis discos de fusão jazz-electrónica dos 80s e 90s, Korda manobra melodia e batida de forma elegante, e o resultado para nós é, em vez de um exercício conceptual, música extremamente quente e apaixonada, demonstra uma certa urgência (oiçam o disco), enquanto se apresenta obviamente sintética. Estranho e envolvente álbum de dança, muito possivelmente o início e o fim do seu próprio género, na contemporaneidade.