Eleven Fugues For Sodium Pentothal
Adam Wiltzie
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Adam Wiltzie existe naquele patamar de criadores das últimas três décadas que criou um tipo de som e manteve-o ao longo deste tempo. Identidade, portanto, embora se trate um pouco mais do que isso. Não se trata da música só viver dessa identidade, mas respirá-la, seja com os Stars Of Lid, A Winged Victory For The Sullen ou The Dead Texan. Há um trato, algo que até poderemos chamar uma forma de falar, que é contínua, reconhecível e que exige de nós uma espécie de adoração por olharmos de frente para este tipo de som. "Eleven Fugues for Sodium Pentothal" é o primeiro álbum de Adam após a morte de Brian McBride (companheiro nos Stars Of The Lid), um exercício fascinante entre calma e ruína, onde a intimidade da música de Wiltzie quer fugir para algum lado. Um álbum em queda, sem medo de evocar algo a que se pode chamar "uma jornada emocional" e que retém o domínio de espaço a que sempre nos habituou: como se o drone rock ficasse suspenso numa nota de um quarteto de cordas e imaginássemos música a partir daí. Em tempos, quisemos adormecer com a música dos Stars Of The Lid, como se fosse a garantia de algo melhor, um acordo entre nós e eles de que algo ficaria melhor; hoje queremos ficar acordados neste "Eleven Fugues…", na percepção de que mesmo neste pêndulo de ambient rock, há um momento em que alguma coisa chega ao fim e deixa de estar ali.
