Tristes Tropiques
Andrew Pekler
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Como o livro de Claude Lévi-Strauss em que talvez se inspire, “Tristes Tropiques” soa a uma reflexão sobre o encontro com outras culturas e sensibilidades, o efeito das viagens na mente humana, a descoberta de outras possibilidades. Para sermos muito simplistas. O disco vagueia, plácido, entre ambientes exóticos, misteriosos e misteriosamente reconfortantes, apesar da estranheza que sempre provocam novos locais. Reconhecemos parte de um léxico de música electrónica mais intuitiva, menos planeada, uma abordagem mais directa, talvez, motivada por uma forte inspiração que conduz as decisões em relação a que sons usar e como os mover no espectro. Tudo isto soa pouco tangível, é certo, mas é verdade que parecemos contaminados pela ideia de que “Tristes Tropiques” é tanto uma exploração do som como uma exploração da nossa relação com o som. Muito estimulante.