Fantas Variations
Caterina Barbieri
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Se se entrar em "Fanta Variations" às escuras a ideia de que é um álbum de remisturas ou assinado por diferentes artistas é de difícil percepção. Há autoria, há voz, há estilos diferentes até, mas também há uma união que cria uma narrativa perfeita para este disco de Caterina Barbieri que não é de Caterina Barbieri. "Fantas" abre Ecastic Computation - o seu álbum de 2019, também na Mego - com intenções de potenciar o infinito no resto do álbum. Tema choque, que deixa o ouvinte agarrado durante minutos. Tema choque pela multiplicidade de padrões que nele existem e como tudo se encadeia sem atracção do novo mas também sem fobia dele. O que agora acontece em "Variations" é inacreditável. Músicos como Kara-Lis Coverdale, Beseck, Walter Zanetti, Kali Malone ou Jay Mitta foram convidados a trabalhar o tema e interpretá-lo à sua maneira. Interpretação é chave, não se entra na remistura dura, mas em visões com vários pontos de partida e chegada. Há lugar para o hipnótico, para o desconexo das pistas de dança do futuro (tema inacreditável de Jay Mitta) e lugar para o quase silêncio com Kara-Lis Coverdale. Várias mentes a pensar em tudo, a pensar no mesmo, a desvendar e a criar música de Barbieri. Magnífico.