Boundary Object
Gábor Lázár
OUVIR / LISTEN:
CLIP1 - CLIP2 - CLIP3 - CLIP4 - CLIP5
Mesmo (e especialmente) parecendo que escutamos uma grelha matemática ao percorrer o álbum, tal como no trabalho anterior de Gábor Lázár para a Planet Mu ("Source", em 2020), na verdade sentimos um estímulo rítmico redondo, flexível, mutante e daí surge a composição musical. Eternamente na sequência do pioneirismo de SND e Mark Fell, a música de Lázár autonomiza-se, ainda assim, em direcção a um futuro paralelo difícil de definir. A dificuldade advém da falta de certezas sobre a direcção final, uma vez que o ímpeto exploratório é constante, como se ultrapassasse sucessivas fronteiras e, em vez de avaliar onde se encontra, a música prossegue rumo ao desconhecido. Música de computador a redefinir a noção de Sintético. Cerebral, é certo, mas com músculo físico suficiente para motorizar quem escuta.