FLUR 2001 > 2024



Apocalypse

Bill Callahan

Drag City

Preço normal €23,00

Taxas incluídas.

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Sete é o número da sorte, sete é também o número de canções deste "Apocalypse", novo álbum de Bill Callahan, dois anos após o sublime "Sometimes I Wish We Were An Eagle". Se o passo anterior foi uma aproximação mais pop à canção de Callahan (mais no sentido de ser um álbum extremamente acessível de uma ponta à outra), "Apocalypse" é uma espécie de continuação desse caminho, com uma sonoridade bastante semelhante, mas uma temática e uma lírica mais ligada às raízes country/folk norte-americanas comuns em Smog. Em discos como este, Callahan faz-nos lembrar uma espécie de Johnny Cash moderno inserido no indie-rock norte-americano, como se tivesse encontrado o mesmo à-vontade (ou será desconforto?) de Cash dentro do seu público. Porque é um músico de laços, cada vez torna-os maiores e mais fortes juntos dos amantes da sua música, enquanto isso, convida, álbum a álbum, novo sangue para o seu universo. Por mais complexa que a música de Callahan seja, ela soa sempre fácil a um ouvido desprotegido, esse é, e tem sido, uma das maiores forças de Callahan. Uma porta aberta num corredor que é uma teia de sentimentos, em que à medida que caminhamos vamos ficando mais presos, mais envolvidos. "Apocalypse" é, por isso, uma parte 2 de "Sometimes I Wish We Were An Eagle", não por ser uma continuação óbvia, mas por tornar mais denso o universo que abriu nesse álbum. É assim com os grandes escritores de canções, sempre a redescobrirem-se, sempre a obrigarem-se a serem descobertos.