Amanita
Bardo Pond
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Formados no início da década de 1990, os Bardo Pond experimentaram ao longo da sua carreira, de tudo. Diversos formatos, estruturas mais independentes, DIY, mas também tentaram sair da rotina indie no momento certo. Voltemos aos 1990, o segundo álbum propriamente dito dos Bardo Pond, o primeiro na Matador, “Amanita”, foi finalmente reeditado. Quem o ouviu na altura, ficou marcado para sempre. Quem ainda não conhece, experimentará uma das obras que mais existe nas fronteiras de várias tendências do rock dos anos 1990. Ouvido hoje, a sensação de noise-harmónico permanece. A tentativa de shoegaze – se é que podemos chamar shoegaze a este tipo de som saído de Philadelphia – continua a ser um dos cruzamentos de subgéneros mais originais do rock dos últimos trinta anos. E, sim, “Amanita” é um álbum catarse de toda a experiência Bardo Pond. Não é necessariamente o melhor – isso dependerá dos gostos, do desejo de refinação da experiência – mas é aquele onde as ideias estão no ponto perfeito entre risco e maturidade. “Limerick”, o tema de abertura, continua um dos melhores épicos downers do rock. Ouvido hoje, parece que o tempo não passou por “Amanita”. Música que só poderia ser feita nos 1990s, de uma geração que não se sabia queixar, mas enterrar-se mais para criar estes vultos de fantástico, onde caos e sujidade vivem de mãos dadas com a harmonia e a beleza. O céu a sair de guitarras pesadíssimas, seja ele cinzento ou azul. Um dos grandes discos dos 1990s, novamente disponível.