Black Bombaim & Peter Brötzmann
Black Bombaim & Peter Brötzmann
Provavelmente um dos encontros mais felizes entre Portugal e Alemanha nos últimos anos. Black Bombaim de um lado, Peter Brötzmann do outro, juntos num jogo de complementaridade que não lhes é estranho. Os Black Bombaim já puderam contar com saxofone noutros momentos (Rodrigo Amado e Steve Mackay), e para Brötzmann isto é como circular numa autoestrada vazia. Há uma fluência extremamente pacífica entre as duas linguagens e a produção está no ponto para não permitir que em algum momento alguma voz se sinta mais forte do que a outra. Esse equilíbrio, ou equidade, contribui para que o disco seja uma coisa escorreita e potente do início ao fim. O encontro não multiplica o poder de cada x 2, mas cria uma mantra cósmica de jazz-rock que é maravilhosa ao longo de 45 minutos.