The Crackdown
Cabaret Voltaire
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“The Crackdown” inaugura a trilogia de álbuns dos CV para a Virgin (“Micro-Phonies” e “The Covenant, The Sword And The Arm Of The Lord”, de 1984 e 1985, são os outros). Chamar electro-funk a este seu período não é descabido, considerando que uma das faixas em “Micro-Phonies” se chama “James Brown”. Mas os hits, aqui, são “Crackdown” (faixa-título) e “Just Fascination”, música lenta para dançar, ainda ligada a uma atmosfera hermética transportada dos 70s, construída em blocos de som que espelham a realidade das máquinas analógicas. A tradicional voz quase sussurrada de Stephen Mallinder, até então mais ou m,enos submergida em efeitos e entrega punk, passa a ser um elemento definidor do som da banda, elegante, sóbria (desapaixonada, mesmo). O álbum soa bastante vivo, nunca um testemunho passivo de uma Era ida nem, de todo, o típico exemplo de música electrónica limpa, ângulos limados, sintética e desumanizada. Arranjos, quebras rítmicas, voz, ninguém mais nunca soou deste modo. Esta reedição em CD (ano indeterminado) inclui quatro faixas extra de um video de 1982, “Doublevision presents: Cabaret Voltaire”.
