Cults Percussion Ensemble
Cults Percussion Ensemble
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Dos anos 1970 já ouvimos muitas histórias parecidas. Um professor decide pegar nos seus alunos e educá-los musicalmente. Lembramo-nos de Langley Schools Music Project, mas este Cults Percussion Ensemble é substancialmente diferente. Cults é o nome do subúrbio escocês de onde estas raparigas vinham (há só um rapaz que toca num dos temas), coordenadas por Ron Forbes, que tinha a ambição de as levar para fora daquele subúrbio (e foram, viajaram pela Europa e até ganharam alguns festivais). Este disco que a Trunk agora reedita existia numa prensagem limitada, criado com a intenção de as raparigas o venderem nos seus concertos. Mais do que um disco de adolescentes a tocarem música, "Cults Percussion Ensemble" é uma espécie de versão extended de ideias de library music e com um carácter mais caloroso e humano. Muitos dos temas parecem - mas não são - genéricos de televisão, ilustrações sonoras para um anúncio qualquer da altura. Poder-se-ia tirar 30 segundos de qualquer tema, enfiá-lo num disco de Barry Gray ou de John Baker e a coisa passava completamente despercebida. Mas acima de tudo isso, de catalogações e paralelismos com outras coisas do catálogo da Trunk, o disco destas meninas é incrivelmente onírico e com uma sensibilidade bastante apurada. Não parte pedra, mas é absurdamente encantador. E, curioso, Evelyn Glennie (que tem discos na Tzadik e com Philip Glass) é uma das Cults.