Lisbon Dreams
funcionário
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Com “Gaiden” (Variz, 2019) e “Shichishito” (Turva, 2020), funcionário (Pedro Tavares) criou uma espécie de base para uma linguagem electrónica que oscila entre o ambiente e o jazz. Se há surpresa em “Lisbon Dreams”, ela existe apenas no salto evolutivo de como Pedro Tavares coloca essa linguagem a funcionar, procurando espaços e tempos que respondam à determinação da paisagem que quer criar. Eis “Lisbon Dreams”, electrónica que desmascara sentimentos e que se refugia na ideia de progressão e evolução de som para contar uma narrativa. Os sons constroem cores e essas cores são usadas para pintar lugares que se vão emancipando em cada um dos temas. Música que convive na evocação da memória e de um presente sempre em funcionamento, respirando a nostalgia da rotina e dos dias que se repetem. Se em “Shichishito” se ouvia muita música de outros lugares, em “Lisbon Dreams” tudo assenta numa ideia de proximidade. Mesmo que o ouvinte não se reconheça nestes sonhos, eles irão fazer parte dele. Melancolia do novo mundo, seja ele o quarto ou não.