Mirage
Klaus Schulze
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Disco denso e caleidoscópico, desdobrando-se em flutuações ondulatórias como as pétalas de uma flor que desabrocha, mas múltiplas vezes. O arranque de "Velvet Voyage", os primeiros 10-12 minutos, soa tanto a captação atmosférica como subaquática, onde se intuem até sons de criaturas marinhas. Perto da meia hora, o desenvolvimento imponente, em crescendo, ocupando o Céu, desvanece-se em poucos segundos de forma tranquila. "Crystal Lake" parece entreter-se com uma variação sobre o motivo circular de "Tubular Bells" (Mike Oldfield) mas logo vem o drama da síntese electrónica e a vista ampla sobre paisagens inabitadas. Oitavo álbum de Klaus Schulze, uma história de Fantasia em capítulos longos. Como extra no CD, uma faixa de 20 minutos, naturalmente vagabunda pelo Cosmos, dirigindo o nosso curso sobretudo através das modulações no synth.