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Quarantine

Laurel Halo

Hyperdub

Preço normal €14,50

Taxas incluídas.

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Há a tentação de vacilar quando uma editora como a Hyperdub começa a dominar a cena, dando-nos clássicos imediatos antes sequer de os ouvirmos. Mas, até agora, a editora dirigida por Kode9 tem sabido manter o seu catálogo original - Burial há-de ser sempre o pico da montanha -, como procurar oxigená-lo com a ida ao mercado, contratando alguns vencedores em campeonatos menos competitivos. Esta última jogada tem ajudado, sobretudo, a editora a fugir do jugo do dubstep e da bassmusic, criando um catálogo que, só este semestre, se aproxima da perfeição - mais uma vez, Burial é fundamental para esse desempenho, mas também Hype Williams coloca fasquias bem altas. Laurel Halo aparece na Hyperdub depois de um cabaz de música espalhado por singles, cassetes e ficheiros nos últimos dois, três anos. Laurel Halo canta, o que faz de "Quarantine" pop? Talvez, mas as canções são tão imponentes quanto a música incrível que as serve. "Thaw", o terceiro tema, é a primeira obra-prima do álbum, gelando-nos com uma perfeitíssima canção embalada por uma imponente atmosfera palpitante. Mas "Quarantine" ganha-nos o coração pelo todo, por uma noção de continuidade assombrosa, por toda a sua electrónica onírica que raramente nos parece digital e pela lírica que se desfaz em poeira por cada vez que é cantada. Há quem já tenha anunciado um dos discos do ano; agora que ouvimos "Quarantine", temos a certeza que é um dos mais especiais e um símbolo intenso para uma ideia muito precisa de pop futurista. Excelente!