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Titanic Rising

Weyes Blood

Sub Pop

Preço normal €24,00

Taxas incluídas.

Temos acompanhado a carreira de Weyes Blood praticamente desde o início. Melhor, desde que nos tem sido permitido acompanhar, uma vez que os seus primeiros discos eram difíceis de obter. Mas estávamos lá quando surgiu com “The Outside Room” numa muito viva – na altura – Not Not Fun. Ver o seu percurso até “Titanic Rising” foi um prazer. Porque foi sempre mudando, arriscando, tentando perceber como o seu crescer, enquanto artista e pessoa, se poderia adaptar à sua música. Como fazer isso acontecer quando mundo está a mudar tão depressa? E, pior, quando o mundo é assim e estamos a fazer o caminho entre os 20 e os 30? A música de Weyes Blood, em retrospectiva, conta uma belíssima história sobre isso. É assim que se chega a “Titanic Rising”, sem se saber bem o que se está à espera. Não sabemos até que ponto Natalie Mering é fã dos Carpenters, mas digamos que fez isso funcionar em 2019. Acreditem, isso é um grande elogio. A tragédia insolúvel dos Carpenters está – obviamente – ausente, mas Natalie trabalha isso a partir da ideia de que vivemos num mundo que se está a afundar, que precisa de soluções. Soluções que podem não ser para os problemas de hoje, mas para os de sempre, que se vivem agora: parecendo que não, isso é bem diferente. É do amor, das relações e das expectativas de hoje que “Titanic Rising” fala. Natalie musicou essas coisas basilares com o encadeamento de uma pop sinfónica, com uma mentalidade de estúdio costa oeste dos 1960/1970, sem querer viver nesse tempo. O seu quarto álbum é música de um presente reencontrado, Natalie diz-nos o que há para lá da nostalgia. É frágil de bonito e bonito de frágil. É tão bom ainda se fazerem discos assim. Apetece dizer obrigado. Mas mais vale agradecer ouvindo a música que Weyes Blood criou para nós. 2019 a tocar no céu.